Abbas Araqchi, ministro das Relações Exteriores do Irã, afirmou que a ação militar teve como alvo principal instalações militares israelenses e não visava causar danos a civis. Ele ressaltou que a detonação de um dos foguetes ocasionou apenas impacto limitado nas estruturas do hospital, que já havia sido em grande parte evacuado, pois é conhecido por atender principalmente soldados israelenses.
Em uma comunicação através das redes sociais, Araqchi declarou que operações de precisão desmantelaram um QG de Comando, Controle e Inteligência Militar de Israel. O governo iraniano pediu a evacuação das áreas afetadas antes do ataque, uma atitude que, segundo Araqchi, destaca a responsabilidade dos israelenses em relação à escalada de violência.
O Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC), que confirmou os ataques, focou nas operações contra uma “vasta base de comando e inteligência do exército israelense”, localizada a menos de dois quilômetros do Soroka. Com a retórica fervorosa que envolve a disputa, Araqchi atribuiu a Israel a responsabilidade pelo “derramamento de sangue” e pelas ações que impactaram iranianos inocentes, enfatizando a posição do Irã como resposta a agressões.
Enquanto isso, em meio a esse clima de tensão, autoridades da OTAN e representantes europeus se preparam para um encontro em Genebra, onde discutirão questões nucleares com o Irã. A expectativa é que ministros do Reino Unido, França e Alemanha se reúnam com Araqchi para tentar promover um desfecho diplomático em um contexto de crescente hostilidade. A pressão internacional se intensifica em um momento em que o presidente dos EUA, Donald Trump, pondera sobre possíveis ações contra o Irã, aumentando as incertezas sobre o futuro da estabilidade no Oriente Médio.