Amorim destacou que a ação do Irã é uma retaliação ao bombardeio do consulado do país na Síria no último dia 1º, que resultou na morte do comandante da Guarda Revolucionária do Irã. Diante desse contexto, Amorim ressalta que o governo brasileiro acompanha com preocupação os desdobramentos e ainda não houve comunicação direta com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o assunto.
A relação do Brasil com Israel também se encontra abalada, principalmente após declarações polêmicas do ex-presidente Lula, que comparou a morte de palestinos na Faixa de Gaza ao genocídio de judeus. Em retaliação, o governo de Israel considerou Lula persona non grata e a crise diplomática se intensificou. Amorim revelou que, devido a esse contexto, os governos brasileiro e israelense não têm mantido diálogo.
O ex-ministro das Relações Exteriores enfatizou a importância de uma medida emergencial para lidar com a situação, sugerindo o chamamento do Conselho de Segurança para discutir a questão. Ele ressaltou a precariedade das comunicações do Brasil tanto com Israel quanto com o Irã no momento, devido a atritos diplomáticos recentes. Com sua vasta experiência na área, Amorim alerta para a urgência de ações que possam contribuir para a contenção da crise e para a promoção do diálogo entre as partes envolvidas.