De acordo com o porta-voz militar houthi, general Yahya Saree, a operação contra o alvo israelense foi realizada com drones, enfatizando a capacidade da força militar do Iémen de impactar o cenário regional. Este ataque se insere em uma escalada de hostilidades que se intensificou desde que os Estados Unidos iniciaram um ciclo de ataques aéreos contra os houthis em meados de março de 2025. As autoridades americanas têm enfrentado críticas crescentes por sua incapacidade em conter o grupo rebelde, que já realizou cerca de 200 ataques a navios de guerra e 150 a embarcações mercantes americanas nos últimos 18 meses.
Israel, por sua vez, anunciou que foi alvo de mais de 200 mísseis e 170 drones, embora a maioria das ofensivas tenha sido interceptada. Entretanto, essa introdução de ataques houthi agora está gerando preocupação não apenas por causa dos conflitos regionais, mas pela sua potencial repercussão no comércio global, especialmente na rota crítica entre o Mar Vermelho e o Oceano Índico, que é vital para a passagem de petróleo.
Em dezembro de 2023, os houthis já haviam iniciado uma campanha contra navios mercantes suspeitos de estarem associados a Israel, promovendo um bloqueio virtual na região. Como resultado, várias empresas de navegação começaram a evitar a rota do Mar Vermelho, optando por caminhos mais longos e dispendiosos, aumentando o custo do transporte marítimo global.
Esses eventos culminam em um cenário tenso e volátil que desafia a segurança e a estabilidade de um dos pontos mais cruciais do comércio mundial. O reconhecimento anterior do movimento houthi como organização terrorista por parte dos Estados Unidos, seguido de sua remoção da lista sob a administração Biden, destaca a complexidade desta situação geopolítica, que agora retorna ao foco noticioso com a reintegração do grupo à lista de grupos considerados terroristas, sob forte pressão internacional.
