O porta-voz da Guarda Costeira chinesa, Liu Dejun, afirmou que a embarcação japonesa, que já havia sido observada na mesma região nos meses anteriores, teria realizado a incursão em águas consideradas ilegais nos dias 15 e 16 de outubro. Liu fez um apelo ao Japão para que interrompesse suas “atividades ilegais”, reiterando que as ilhas Diaoyu e suas adjacências sempre foram reivindicadas como território chinês. O porta-voz garantiu que as patrulhas ao redor das ilhas continuariam, enfatizando a missão da China de proteger sua soberania e direitos marítimos.
Por outro lado, a Guarda Costeira do Japão relatou que suas embarcações estavam monitorando a presença de vários navios chineses nas imediações das ilhas em questão. Os japoneses confirmaram a operação de um barco de pesca a cerca de 10 km da maior ilha no último dia 16. Essa região, rica em recursos pesqueiros e situada em rotas marítimas essenciais, tem sido foco de frequentes reivindicações territoriais, o que a torna um ponto de fricção entre os dois governos.
As ilhas, localizadas a aproximadamente 220 km ao nordeste de Taiwan, e a 370 km da costa da China e de Okinawa, têm sido um ponto de discórdia nos últimos anos, especialmente desde que o Japão decidiu nacionalizar parte do território em 2012. Desde então, os navios da Guarda Costeira chinesa têm feito patrulhas regulares, levando o Japão a expressar preocupação com a crescente presença chinesa na região.
Diante deste contexto, a situação permanece tensa, e os dois países parecem continuar a reforçar suas reivindicações, tornando difícil uma possível resolução pacífica para essa disputa histórica. As ilhas Diaoyu/Senkaku continuam a simbolizar não apenas uma briga territorial, mas também um embate mais amplo de interesses regionais que envolvem questões de identidade nacional e segurança no Mar da China Oriental.