A nota prosseguiu ressaltando que a administração americana, sob a liderança de Donald Trump e com o apoio do secretário Marco Rubio, está atenta à situação e tomando as devidas providências em relação ao que consideram uma injustiça. Recentemente, Rubio anunciou a revogação imediata do visto de Moraes e também de outros ministros da Corte, um movimento que intensifica a tensão política entre Brasil e Estados Unidos.
Essa escalada de tensões não se limita apenas à revogação de vistos. No dia 9 deste mês, Trump comunicou a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros que entram no território americano, decisão que foi rapidamente respaldada pela Embaixada. Em sua declaração, a representação enfatizou que Bolsonaro e sua família têm sido “fortes parceiros” dos Estados Unidos, e criticou abertamente as ações que consideram como perseguição política contra o ex-presidente e seus apoiadores, descrevendo-as como vergonhosas e contrárias às tradições democráticas brasileiras.
Na semana passada, a Embaixada não hesitou em criticar a atuação da Suprema Corte brasileira, mencionando-a como o “Supremo Tribunal de Moraes”. A situação se complica ainda mais com o anúncio, na terça-feira, 15, do Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), que iniciou uma investigação para verificar se as práticas comerciais do Brasil estão prejudicando o comércio americano.
Ademais, em uma abordagem adicional a respeito da política imigratória, a Embaixada enviou uma mensagem aos imigrantes brasileiros em situação irregular nos EUA, incentivando o retorno ao país de origem. Essa evidência reforça a postura rígida da administração Trump em relação à imigração desde o início de seu segundo mandato, posicionando os Estados Unidos em uma trajetória de confrontos não apenas políticos, mas também diplomáticos com o Brasil. A escalada dessa crise bipartidária promete desdobramentos que afetarão as relações entre os dois países nos próximos anos.