Tensão entre Elon Musk e Alexandre de Moraes chega ao auge com inclusão do empresário como investigado em inquérito das milícias digitais.



Nos últimos três dias, o embate entre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e o empresário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), tem escalado em meio a ameaças, decisões judiciais e tensões sobre a liberdade de expressão e o cumprimento da lei no Brasil.

Tudo começou com a exposição feita pelo jornalista americano Michael Shellenberger sobre supostas trocas de e-mails entre funcionários do X, indicando que autoridades brasileiras estavam solicitando informações de usuários investigados. A partir daí, o embate se intensificou, com Musk ameaçando descumprir ordens judiciais recebidas pela plataforma e a empresa alegando que as determinações de Moraes desrespeitam leis brasileiras.

O episódio ficou conhecido como “Twitter Files Brasil” e gerou uma onda de discussões e posicionamentos públicos. Musk compartilhou publicações do jornalista, acusou Moraes de aplicar multas e ameaçar prender funcionários, e passou a ser endossado por políticos, lideranças e ativistas de extrema-direita, que alegavam uma suposta opressão aos conservadores no Brasil.

A situação atingiu um novo patamar quando Musk questionou publicamente uma postagem antiga de Moraes nas redes sociais, e o ministro, por sua vez, decidiu incluir o empresário como investigado no inquérito que apura milícias digitais antidemocráticas no país. Além disso, foi aberta uma investigação por obstrução à Justiça, organização criminosa e incitação ao crime.

Especialistas consultados antes da decisão de Moraes apontaram que a atitude de Musk representa uma afronta à soberania nacional e ressaltaram a importância de respeitar as decisões judiciais. Entre as contas bloqueadas pela plataforma estão as de figuras polêmicas como Allan dos Santos, Luciano Hang e Daniel Silveira, todos acusados de propagar ideias antidemocráticas.

Agora, o embate entre o magnata da tecnologia e o ministro do STF coloca em xeque questões fundamentais para a democracia brasileira, envolvendo liberdade de expressão, cumprimento da lei e os limites do poder judicial em relação às plataformas digitais. O desfecho desse impasse pode impactar não apenas o X, mas também a relação entre o Brasil e grandes empresas de tecnologia que operam no país.

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