Tensões crescentes entre Irã e Israel durante reunião diplomática em Genebra
Em meio ao cenário de conflitos bilaterais, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, iniciou na sexta-feira, 20 de junho, uma reunião com representantes da França, Alemanha e Reino Unido em Genebra, na Suíça. O objetivo deste encontro é discutir a escalada de hostilidades entre Irã e Israel, que culminou em ataques mútuos. Araghchi descreveu os conflitos como uma “guerra injusta imposta ao povo iraniano”, e acusou Israel de cometer “crimes de guerra graves”.
Os ministros europeus, por sua vez, buscam alternativas para evitar a intensificação do conflito, especialmente em relação ao programa nuclear iraniano. A reposta armada do Irã incluiu o lançamento de drones e mísseis direcionados a várias cidades israelenses, enquanto Israel justificou sua ação militar como um “ataque preventivo” com o propósito de neutralizar ameaças nucleares.
Recentemente, o Primeiro-Ministro israelense Benjamin Netanyahu reiterou que os ataques israelenses continuarão, visando especificamente bases iranianas. Relatos indicam que houve, de fato, danos ao programa nuclear iraniano, mas a escalada pode requerer suporte militar mais intenso, incluindo a participação dos Estados Unidos, conforme solicitado por Tel Aviv.
Araghchi, em seu discurso, enfatizou os riscos de tais ofensivas, alertando sobre o potencial de uma catástrofe ambiental e de saúde devido a vazamentos radiológicos decorrentes dos ataques às instalações nucleares iranianas. Em sua narrativa, o ministro afirmou que a agressão israelense representa um claro desrespeito às normas internacionais, citando a Carta da ONU.
Contrariando os esforços diplomáticos, Araghchi observou que o Irã estava envolvido em negociações com os Estados Unidos que visavam a resolução pacífica das questões relacionadas ao seu programa nuclear. A situação se torna ainda mais complexa com a recente declaração da Casa Branca, na qual o presidente dos EUA, Donald Trump, indicou que tomará uma decisão sobre a possível intervenção no conflito em até duas semanas.
Com o oitavo dia de hostilidades, o confronto se intensifica, com Israel tendo atacado mais de 35 alvos no Irã. Um dos ataques iranianos alcançou a cidade de Be’er Sheva, conforme relatos de falhas do sistema de defesa israelense, resultando em ferimentos a civis. As tensões entre os dois países seguem em alta, exigindo atenção intensificada da comunidade internacional e ações diplomáticas concretas para evitar uma escalada catastrófica.
