Temporal em São Paulo provoca apagão, deixa 7 mortos e afeta milhões de moradores; cidade enfrenta novos desafios com a Enel após evento climático extremo.



Na noite da última sexta-feira, 11 de outubro, um violento temporal assolou a cidade de São Paulo e sua região metropolitana, resultando em uma série de desastres e na trágica morte de sete pessoas. Os ventos alcançaram picos de 107,6 km/h, os mais intensos registrados desde 1995, conforme indicaram as autoridades locais.

A Storm causou a queda de 17 linhas de alta tensão e o desligamento de 11 subestações, deixando cerca de 2,1 milhões de habitantes da capital paulista sem fornecimento de energia elétrica. Cidades vizinhas como Santo André, São Bernardo do Campo, Diadema, Carapicuíba e cotia também enfrentaram problemas semelhantes. A empresa responsável pela distribuição de energia, Enel, informou que, até a manhã de sábado, cinco linhas e oito subestações já haviam sido recuperadas, mas não forneceu uma previsão para a normalização completa do serviço.

O prefeito Ricardo Nunes, do MDB, não hesitou em responsabilizar a Enel pela crise. Em suas redes sociais, ele expressou sua indignação, enfatizando que a concessionária deveria ter uma melhor gestão para evitar tamanha interrupção. Em contrapartida, o presidente da Enel, Guilherme Lencastre, classificou a situação como um “evento climático extremo” e ressaltou que a empresa está empenhada em melhorar a estrutura da rede elétrica.

A situação ganhou contornos ainda mais dramáticos com a perda de vidas. No Campo Limpo, na zona sul da capital, uma árvore caiu sobre duas pessoas, causando a morte de uma delas. Em Diadema, outro óbito foi registrado pela mesma causa, enquanto em Cotia, duas vidas foram perdidas em função do desabamento de um muro. Em uma fatalidade no interior do estado, na cidade de Bauru, três pessoas e um cachorro sucumbiram em decorrência do desabamento de outro muro.

As críticas em relação à gestão do prefeito Nunes aumentam, principalmente com a aproximação das eleições municipais, onde seu principal opositor, Guilherme Boulos, do PSOL, apontou a falta de ações efetivas na regulação e controle dos serviços prestados pela Enel. A situação evidencia não apenas o impacto de desastres naturais nas áreas urbanas, mas também a necessidade premente de um planejamento mais eficaz para a infraestrutura e segurança da população.

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