O estudo que revelou essas galáxias foi publicado na revista científica Nature e traz à tona uma nova visão sobre a eficiência da formação estelar em ambientes cósmicos primordiais. As “monstros vermelhos” desafiam a noção convencional de que as galáxias crescem dentro de vastos halos de matéria escura, onde a gravidade atrai matéria normal como gás e poeira. Com isso, estima-se que apenas 20% desse material se converte em estrelas. No entanto, a descoberta surpreende ao indiciar que cerca de 80% do gás das galáxias recém-descobertas foi transformado em estrelas jovens e brilhantes.
Mengyuan Xiao, principal autor do estudo, destacou a importância desses achados, afirmando que eles sugerem uma maior eficiência na formação de estrelas no universo antigo do que se imaginava anteriormente. “Esses resultados indicam que as galáxias no Universo primitivo poderiam formar estrelas com uma eficiência inesperada”, afirmou. A pesquisa também sugere que, conforme os cientistas continuarem a explorar essas galáxias, novas informações poderão surgir sobre as condições que prevaleceram nas primeiras eras do cosmos.
Os “monstros vermelhos”, assim nomeados por causa do seu brilho vermelho característico, foram observados através da Câmara de Infravermelho Próximo (NIRCam) do JWST, que permite dividir a luz distante em partes constituintes, revelando detalhes antes invisíveis. Esta descoberta não apenas expande as fronteiras do conhecimento astronômico, mas também abre novas perguntas sobre a formação galáctica e os processos físicos que ocorreram nos primórdios do universo. A expectativa é que novas pesquisas e observações sejam realizadas para desvendar os mistérios que essas galáxias ainda guardam.