Telebras admite “pedalada fiscal” ao TCU e prevê rombo dobrado para 2025. Estatal está sob influência de senador.



A estatal Telebras, responsável por serviços de telecomunicações no Brasil, admitiu oficialmente ao Tribunal de Contas da União (TCU) ter praticado a chamada “pedalada fiscal”. Esse termo se refere à ação de atrasar propositalmente o repasse de recursos para bancos e autarquias, com o objetivo de maquiar as contas públicas e melhorar artificialmente a situação financeira da empresa.

De acordo com informações obtidas pela reportagem do Uol, a Telebras reconheceu que o rombo em suas contas para o ano de 2025 está estimado em cerca de R$ 184 milhões, podendo ser mais do que o dobro em comparação com o atual exercício. Esse cenário preocupa não só o TCU, mas também especialistas em finanças públicas, que alertam para os riscos dessa prática para a transparência e a saúde financeira do país.

A estratégia utilizada pela estatal consistiu em utilizar uma ferramenta orçamentária chamada DEA (Despesas de Exercícios Anteriores) para transferir compromissos financeiros referentes a 2023 para o orçamento do ano vigente. No entanto, o TCU considera essa prática como irregular, uma vez que distorce a realidade das contas públicas e pode comprometer a credibilidade do setor público perante a sociedade.

Vale ressaltar que a Telebras está sob a influência política do senador Davi Alcolumbre, representante do estado do Amapá. Essa ligação com o cenário político gera preocupações adicionais sobre a autonomia e a integridade das decisões tomadas pela empresa, especialmente em questões tão sensíveis como as financeiras.

Diante desse cenário, é fundamental que órgãos de controle como o TCU atuem de forma rigorosa para investigar e punir eventuais irregularidades cometidas por empresas públicas. A transparência e a ética na gestão dos recursos públicos são pilares fundamentais para a manutenção da estabilidade econômica e do bom funcionamento do Estado.

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