Wang prevê que, em um contexto onde a China se vê pressionada por tarifas adicionais, uma das estratégias para mitigar os efeitos negativos seria aumentar suas compras do Brasil e de outros países da América Latina. Essa mudança poderia ser interpretada como uma maneira de diversificar sua cadeia de suprimentos e reduzir a dependência do comércio com os Estados Unidos. O analista argumenta que as tarifas elevadas incitam os países a buscarem opções comerciais mais próximas entre si, criando uma nova ordem de comércio na qual o Brasil se posicionaria como um fornecedor estratégico para o gigante asiático.
Nos últimos dias, Trump anunciou uma nova rodada de tarifas sobre produtos chineses, elevando a carga tributária em 10% sobre uma ampla gama de mercadorias. Essa ação foi prontamente seguida por Pequim, que se comprometeu a implementar contramedidas, abrangendo desde taxações sobre carvão e gás até um aumento no controle de exportações de metais raros. Wang ressaltou que o cenário atual não apenas acirra a competição entre as duas nações, mas também pode levar a uma redefinição das relações comerciais globais, positivamente afetando os exportadores latino-americanos.
Dessa forma, o Brasil, com suas vastas reservas e capacidade produtiva, pode emergir como um parceiro chave para a China em meio a um cenário de crescente protecionismo. O futuro das relações comerciais entre Pequim e Washington continua indefinido, porém, as implicações para o Brasil e sua economia podem ser de grande importância, já que o país busca maneiras de fortalecer suas trocas comerciais globalmente.









