As tarifas aplicadas por Trump incluíam uma taxa de 25% sobre produtos provenientes do Canadá e do México, além de 10% sobre os produtos chineses. Esse movimento foi recebido com desaprovação pelas autoridades chinesas, que declararam sua intenção de levar a questão à Organização Mundial do Comércio (OMC) e adotar contramedidas adequadas. O Ministério do Comércio da China expressou sua insatisfação, argumentando que a abordagem antipática da administração Trump apenas exacerba o que eles definem como uma guerra comercial, a qual não beneficia nenhuma das partes envolvidas.
A retórica de Trump, que associava os impostos a um esforço para combater o tráfico de drogas, é vista como uma maneira de justificar ações que, na prática, se traduziriam em um aumento dos custos para os consumidores americanos. Especialistas alertam que a estratégia do ex-presidente pode ter repercussões diretas na economia dos Estados Unidos, com 90% dos custos das tarifas recaindo sobre os consumidores.
Além disso, analistas destacam que, embora a retórica possa discutir a necessidade de balancear o déficit comercial, as tarifas parecem ter se tornado uma ferramenta mais voltada para contestar a hegemonia chinesa no mercado global do que para promover um comércio justo. O impacto dessa política, muitas vezes, recai sobre as empresas e os cidadãos norte-americanos, que podem ver seus custos de vida aumentarem em consequência das medidas tarifárias.
Diante desse cenário complexo, o futuro das relações comerciais entre os EUA e a China permanece incierto, com a possibilidade de novas tensões à vista à medida que as economias tentam se readaptar a um novo normal. O diálogo a nível da OMC pode se tornar uma alternativa necessária para mitigar as consequências de uma guerra comercial cada vez mais acirrada, enquanto os países envolvidos buscam soluções que promovam um comércio mais equilibrado e sustentável.