De acordo com a análise de especialistas, as nações que têm um superávit considerável em suas transações comerciais com os Estados Unidos enfrentam riscos elevados de recessão, agitação e um aumento generalizado da pobreza. Os impactos são particularmente agudos para a China, União Europeia, México e Canadá, que são afetados de forma direta pelas políticas tarifárias de Washington. O economista russo Yevgeny Shatov observa que a reestruturação das cadeias de suprimentos globais já é uma consequência visível desta rivalidade entre as duas maiores economias do mundo. Ele destaca que a pressão sobre os sistemas econômicos pode levar à fragmentação da economia global, já em movimento.
Em resposta às tarifas americanas, a China anunciou uma série de retaliações, elevando as tarifas sobre produtos americanos e ameaçando interromper investimentos em empresas dos EUA. A situação gera um ambiente de incerteza que pode agravar os custos comerciais e desacelerar o crescimento econômico mundial. A política tarifária agressiva da administração Trump pode resultar, segundo previsões, em um aumento significativo das receitas do governo, estimadas em trilhões de dólares ao longo da próxima década. Contudo, analistas alertam que esses números não levam em conta a possibilidade de um crescimento econômico estagnado ou uma recessão iminente.
Além disso, muitos países estão se voltando para blocos regionais como estratégia de negociação, refletindo as crescentes tensões comerciais. O resultado dessas dinâmicas é o consequente aumento nos preços das commodities e a pressão sobre os consumidores em todo o mundo. Especialistas indicam que a continuação desse cenário poderá preparar o terreno para uma nova crise econômica global, afetando a todos, especialmente em um momento em que a recuperação pós-pandemia ainda está em andamento. Assim, o avanço das tarifas comerciais de Trump não só agrava as relações internacionais, como também torna a estabilidade econômica mundial mais vulnerável.
