Esse movimento coincidiu com a pressão exercida por Trump, que gerou reações inesperadas e divisões na oposição, que deveu-se à crítica do ex-presidente americano a figuras políticas do Brasil. Análises sugerem que os ataques de Trump fragilizaram a resistência de muitas vozes contrárias ao governo atual, elevando a necessidade de um apoio substancial ao presidente Lula da Silva, visto que a população brasileira tende a se opor a intervenções externas, especialmente em temas sensíveis como economia.
Especialistas em ciência política destacam que a união exibida por Alcolumbre e o presidente da Câmara, Hugo Motta, é vista como uma estratégia pragmática, em resposta a uma situação que pode ser descrita como crítica para o Brasil. A pressão das tarifas americanas serviu para unir os dois poderes, mas os analistas alertam que essa sinergia é apenas temporária e em decorrência de fatores circunstanciais. Segundo Rodolfo Tamanaha, a união é um reflexo de uma medida considerada “esdrúxula” por muitos e que visa fragilizar o Brasil em negociações.
Além disso, o atual cenário de tarifas também levanta questionamentos sobre a pauta da anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de Janeiro. A expectativa é de que essa proposta permaneça engavetada, especialmente diante do fortalecimento da unidade entre os poderes. De acordo com a análise de vários especialistas, o clima de união atualmente observado tende a se dissipar em breve, uma vez que novos desafios e pautas controvérsias surgirão.
No contexto mais amplo, os parlamentares demonstraram que a pressão externa pode criar aliados inesperados. Contudo, a agenda da anistia parece distante de uma aprovação, refletindo não apenas a divisão de opiniões dentro da oposição, mas a necessidade de lidar com os efeitos diretos das tarifas impostas por Trump, que afetam diretamente a economia nacional e o empregador brasileiro. É um momento crítico em que, para muitos, a necessidade de coesão em tempos de crise econômica é pré-requisito, mas não necessariamente implica em consensos duradouros no cenário político brasileiro.