Tarcísio, que é cotado para uma possível candidatura à presidência em 2026, também foi questionado sobre a proposta do deputado Eduardo Bolsonaro de trazer uma anistia ampla como contraprestação para o fim das tarifas. Ele não se comprometeu com a ideia, afirmando que sua prioridade como governador é proteger os interesses de São Paulo e suas famílias. “Estamos falando de empresas, empregos, e garantir estabilidade”, disse ele, reafirmando o foco em questões regionais.
Durante a conversa, o governador negou ter feito pressão sobre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para que liberassem a viagem de Jair Bolsonaro aos EUA, com o intuito de negociar diretamente com Trump. “Não assinei nenhuma petição. isso é bobagem”, minimizou Tarcísio, enquanto destacou que as negociações com os EUA são, em última instância, de competência do governo federal.
Nos bastidores, Tarcísio tem buscado estratégias para contornar a crise política que a tarifa gerou na ala bolsonarista, especialmente tendo em vista o governo atual do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que culparam setores da oposição, incluindo o próprio Tarcísio, pelos abalos econômicos advindos. Em meio a essa tensão, o Partido dos Trabalhadores (PT) entrou com uma ação no STF solicitando que o governador seja investigado por suposta obstrução de justiça, alegando que ele teria tentado facilitar a “fuga” de Bolsonaro, réu em um processo que investiga a tentativa de golpe no Brasil.
Essas movimentações geram um clima de incerteza política e econômica, exigindo uma postura cautelosa dos líderes envolvidos, já que os desdobramentos dessa situação poderão influenciar o cenário eleitoral e a economia do país nos próximos anos.