Talibã afirma que não devolverá armamentos dos EUA, desafiando exigências de Trump após o fim da ocupação no Afeganistão



O Talibã, grupo que atualmente controla o Afeganistão e está sob sanções da ONU devido a atividades terroristas, deixou claro que não pretende devolver as armas e equipamentos militares que foram deixados para trás pelas forças dos Estados Unidos durante a retirada em agosto de 2021. Essa posição firme do governo talibã foi reforçada após declarações do ex-presidente Donald Trump, que sugeriu que os EUA poderiam cortar sua ajuda financeira ao Afeganistão se as armas, avaliadas em mais de 7 bilhões de dólares, não fossem devolvidas.

Ao longo dos últimos meses, o Talibã tem utilizado os equipamentos militares dos EUA em desfiles que celebram seu retorno ao poder, demonstrando assim uma clara rejeição à ideia de devolução. Em um cenário que mistura tensão e ironia, o Talibã exibe veículos, aeronaves e armamentos que eram considerados símbolos de poder e modernidade, agora em suas mãos, enquanto os diplomatas de países como China e Irã participam desses eventos.

A controvérsia se intensifica ainda mais com a análise de especialistas, que argumentam que os EUA precisam considerar o envio de armas ainda mais sofisticadas ao Talibã, como uma forma de fortalecer a luta do grupo contra o Estado Islâmico-Khorasan (EI-K). Esse grupo, que tem se mostrado um adversário significativo para o Talibã, é um ramo da organização terrorista Daesh e tem realizado várias ações violentas na região, incluindo atentados que visam minar a estabilidade do governo talibã.

Diante desse panorama, a comunidade internacional observa com preocupação as consequências das tensões entre o Talibã e os Estados Unidos. O porta-voz do Talibã, Hamdullah Fetrat, optou por não comentar diretamente sobre as declarações de Trump, mas a postura do grupo sugere que não há espaço para negociações em relação ao armamento que agora compõe suas forças armadas. A dinâmica entre essas nações segue complicada, especialmente no contexto de um Afeganistão que ainda enfrenta desafios profundos em termos de segurança, direitos humanos e desenvolvimento econômico. As ações do Talibã e a resposta dos EUA nos próximos meses terão um impacto significativo na estabilidade da região e nas relações internacionais.

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