Com mais de 700 funcionários, entre administradores, jornalistas e fotógrafos, a Télam é responsável por transmitir informações nacionais e conteúdos em diversos formatos, incluindo foto, vídeo, rádio e redes sociais. A decisão de fechar a agência gerou polêmica e deixou os funcionários sem acesso aos seus locais de trabalho nesta segunda-feira, conforme relatou o delegado do Sindicato de Imprensa de Buenos Aires, Agustín Lecchi.
O porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, explicou em uma entrevista coletiva que o governo enviou um comunicado interno isentando os funcionários da prestação de serviços durante sete dias, com remuneração garantida. Adorni também afirmou que um plano para o fechamento da Télam e o destino de seus funcionários será revelado ao longo da semana.
Segundo Adorni, a previsão é de que a agência tenha uma perda estimada em 20 bilhões de pesos argentinos neste ano, o que justifica o fechamento prometido por Milei durante a campanha eleitoral. O porta-voz ressaltou que a decisão não está relacionada à liberdade de imprensa ou de expressão.
Ainda segundo Adorni, a Argentina está passando por uma crise e não pode se dar ao luxo de gastar dinheiro público em meios de comunicação estatais. O fechamento da agência e a suspensão de suas atividades refletem as medidas de austeridade adotadas pelo governo de Milei.
Além das cercas nos escritórios e da suspensão das atividades, o site da Télam também está fora do ar, com uma mensagem que indica que a página está em reconstrução. A situação da agência estatal de notícias gera preocupação e incerteza entre os profissionais da comunicação e a sociedade argentina como um todo.