As autoridades alegam que a jovem recebeu ordens de um homem, que, no dia seguinte ao assassinato, a designou para ir até a cena do crime e garantir o armamento, que deveria ser entregue na cidade de Diadema, na região metropolitana da capital paulista, onde ela reside.
A delegada Ivalda Aleixo, que dirige o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), comentou em uma coletiva que Dahesly é uma usuária habitual de drogas e já possui histórico criminal por tráfico. Durante seu depoimento, a acusada admitiu que recebeu uma “missão”, mas não conseguiu identificar quem era o mandante da operação ou fornecer detalhes sobre sua participação no crime.
A prisão de Dahesly Oliveira levanta questões importantes sobre o submundo criminal que envolve tráfico de drogas e homicídios encomendados. As circunstâncias em que o crime ocorreu também são objeto de investigação mais aprofundada, à medida que a polícia busca compreender a dinâmica que levou à morte do ex-delegado. A relação dele com a criminalidade na região e possíveis desavenças que possam ter motivado o ataque estão entre as linhas de investigação priorizadas pelas autoridades.
O caso chama atenção não apenas pela brutalidade do ato, mas também pela complexidade das motivações que podem estar por trás da execução. As investigações continuam, e a polícia está empenhada em descobrir não apenas os responsáveis diretos pela morte de Ruy Ferraz Fontes, mas também a rede de comando que orquestrou esse crime, evidenciando a grave problemática da violência e do crime organizado no estado.