O cenário da votação foi marcado por um clima de tensão, reflexo da militarização do país e da preocupação com a crescente violência, muitas vezes associada ao narcotráfico. De acordo com analistas, a expectativa do governo era de uma vitória em primeiro turno, o que não se concretizou. Isso levou a uma reavaliação das estratégias políticas, especialmente em um momento em que muitos acreditavam que o movimento correísta estava em declínio. O voto jovem foi identificado como um elemento crucial nesta eleição, pois, embora tenha se inclinado para Noboa, apresenta uma natureza volátil que pode alterar resultados no segundo turno.
A situação política exige que Noboa intensifique seus esforços em temas como segurança social, saúde e emprego, áreas que têm sido abordadas de maneira emergencial durante a campanha eleitoral. A estratégia do governo, segundo especialistas, tem se concentrado em apresentar resultados tangíveis em prazos curtos, o que, na visão deles, contrasta com a inatividade dos meses anteriores à campanha.
Importante ressaltar que, para um candidato ser eleito no primeiro turno, ele precisa alcançar 50% dos votos válidos ou mais de 40% com uma vantagem de pelo menos dez pontos sobre seu oponente. No Equador, o voto é obrigatório para cidadãos entre 18 e 65 anos, e a abstenção acarreta penalidades financeiras.
Diante desse cenário complexo, o próximo presidente assumirá oficialmente o cargo em 24 de maio, tendo à frente não apenas um governo dividido, mas também uma expectativa popular que agora se direciona para o que será o resultado do segundo turno.