Surpresa nas eleições do Equador: Daniel Noboa e Luisa González disputam segundo turno após resultado acirrado com quase 90% dos votos apurados.



As recentes eleições gerais no Equador revelaram um panorama político incerto e surpreendente. Com mais de 90% dos votos contabilizados, o atual presidente Daniel Noboa obteve 44,3% dos votos, enquanto sua principal rival, Luisa González, ficou bem próxima, com 43,8%. Essa proximidade entre os candidatos resulta em um segundo turno, que ocorrerá em 13 de abril de 2025. Em uma disputa acirrada, o terceiro colocado foi Leonidas Iza, líder indígena, que alcançou pouco mais de 5% dos votos.

O cenário da votação foi marcado por um clima de tensão, reflexo da militarização do país e da preocupação com a crescente violência, muitas vezes associada ao narcotráfico. De acordo com analistas, a expectativa do governo era de uma vitória em primeiro turno, o que não se concretizou. Isso levou a uma reavaliação das estratégias políticas, especialmente em um momento em que muitos acreditavam que o movimento correísta estava em declínio. O voto jovem foi identificado como um elemento crucial nesta eleição, pois, embora tenha se inclinado para Noboa, apresenta uma natureza volátil que pode alterar resultados no segundo turno.

A situação política exige que Noboa intensifique seus esforços em temas como segurança social, saúde e emprego, áreas que têm sido abordadas de maneira emergencial durante a campanha eleitoral. A estratégia do governo, segundo especialistas, tem se concentrado em apresentar resultados tangíveis em prazos curtos, o que, na visão deles, contrasta com a inatividade dos meses anteriores à campanha.

Importante ressaltar que, para um candidato ser eleito no primeiro turno, ele precisa alcançar 50% dos votos válidos ou mais de 40% com uma vantagem de pelo menos dez pontos sobre seu oponente. No Equador, o voto é obrigatório para cidadãos entre 18 e 65 anos, e a abstenção acarreta penalidades financeiras.

Diante desse cenário complexo, o próximo presidente assumirá oficialmente o cargo em 24 de maio, tendo à frente não apenas um governo dividido, mas também uma expectativa popular que agora se direciona para o que será o resultado do segundo turno.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo