No que vai até agora, dois ministros já se manifestaram. O relator da matéria, Alexandre de Moraes, e Flávio Dino, ambos apresentaram seus votos pela condenação dos envolvidos. Dino, contudo, sugere que poderá propor penalidades menores para alguns dos réus, incluindo os generais Paulo Sérgio Nogueira e Augusto Heleno e o deputado federal Alexandre Ramagem. Essa possível mitigação das penas gera um debate acalorado sobre a severidade das consequências jurídicas enfrentadas pelos acusados.
Um ponto central de atenção no desenrolar do julgamento é a expectativa em torno do voto do ministro Luiz Fux. Aliados de Bolsonaro manifestam esperanças de que Fux se posicione de maneira a divergir de Moraes, especialmente em virtude de sua postura em casos anteriormente relacionados aos eventos de 8 de janeiro de 2023. Naquela ocasião, ele foi responsável por reduzir de forma significativa a pena de Débora Rodrigues, conhecida como “Débora do Batom”, que inicialmente enfrentava uma pena de 14 anos, a qual foi diminuta para 1 ano e 6 meses de prisão.
O histórico das decisões de Fux alimenta uma expectativa de que ele possa defender punições menos rigorosas aos réus, uma posição que poderia, de fato, impactar o curso do julgamento. Após o voto de Fux, ainda restarão as opiniões de outros ministros, como Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, antes que a Turma alcance um veredito final sobre a responsabilidade dos acusados. A decisão é aguardada com bastante apreensão, dado seu potencial impacto no cenário político e jurídico do país. A continuidade deste julgamento não apenas reforça a relevância da legalidade e da justiça, mas também serve como um marco na história recente da política brasileira.