O relator do caso, Alexandre de Moraes, trouxe à tona a gravidade das ações de Bolsonaro, descrevendo-o como o líder de uma organização criminosa que buscou se manter no poder por meio de métodos ilegais. A pena total imposta inclui 24 anos e 9 meses a serem cumpridos em regime fechado. Além disso, o ex-presidente deverá pagar 124 dias-multa, com cada dia correspondendo a um salário mínimo, refletindo a seriedade com a qual a corte tratou a questão da impunidade.
Na análise das acusações, Moraes destacou que a conduta de Bolsonaro merece uma resposta severa, uma vez que ele teria utilizado recursos estatais para disseminar desinformação e garantir sua permanência no comando. As penas atribuídas são variadas: 7 anos e 7 meses por organização criminosa; 6 anos e 6 meses por tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito; 8 anos e 2 meses por golpe de Estado; 2 anos e 6 meses por danos a patrimônio tombado e outros 2 anos e 6 meses por danos qualificados.
A condenação de Bolsonaro não ocorre isoladamente, uma vez que outros membros de sua equipe também foram responsabilizados. O tenente-coronel Mauro Cid, um dos delatores do caso, recebeu uma pena de 2 anos em regime aberto. Os debates sobre a aplicação de penas aos demais envolvidos continuam, evidenciando um comprometimento do STF em responsabilizar todos os atores que participaram desta trama que ameaçou a integridade democrática do Brasil.
Este julgamento simboliza uma resposta significativa do sistema judiciário a ações que possam comprometer os pilares democráticos, indicando que a impunidade não será tolerada, independentemente da posição ocupada no passado.