Supremo Tribunal Federal condena Carla Zambelli a 10 anos de prisão por invasão dos sistemas do CNJ; hacker Walter Delgatti também é penalizado.



Na noite da última sexta-feira, 9 de março, um momento decisivo ocorreu no cenário político brasileiro com a deliberação da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O tribunal condenou a deputada federal Carla Zambelli, do Partido Liberal de São Paulo, e o hacker Walter Delgatti Neto por suas ações ilícitas envolvendo a invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O julgamento, realizado no plenário virtual, trouxe à tona questões cruciais sobre segurança cibernética, integridade das instituições e o papel da Justiça no combate a crimes digitais.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, proferiu um voto contundente em favor da punição, sendo acompanhado por seus colegas Flávio Dino e Cristiano Zanin. Os demais ministros, Luiz Fux e Carmen Lúcia, têm até a próxima sexta-feira, 16 de março, para apresentar seus votos, o que tornará o desfecho dessa polêmica ainda mais aguardado.

Carla Zambelli recebeu uma sentença severa: dez anos de prisão em regime inicialmente fechado, além de uma multa significativa, a perda do mandato parlamentar e direitos políticos, que culminará em sua inelegibilidade após a conclusão de todos os recursos legais. Por sua vez, Walter Delgatti, que já se encontra em prisão preventiva, foi condenado a oito anos e três meses de reclusão, também em regime fechado, e deverá cumprir penalidades financeiras similares.

Ambos os condenados terão que arcar com uma indenização de R$ 2 milhões, destinados a compensar danos morais e coletivos, acentuando a gravidade das ofensas cometidas contra as instituições e a sociedade.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou os réus sob a acusação de invasão de dispositivos informáticos e falsidade ideológica. Os atos foram apontados como uma tentativa de desestabilizar o sistema jurídico brasileiro, com a intenção de desacreditar a Justiça e incitar comportamentos antidemocráticos. Esse episódio não apenas destaca os riscos associados à cibersegurança em um mundo cada vez mais digital, mas também reafirma a responsabilidade das autoridades em preservar a integridade das instituições democráticas, combatendo de forma rigorosa qualquer tentativa de ataque à ordem pública e ao Estado de Direito.

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