Em entrevista à coluna, a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, destacou o alto número de aposentadorias de servidores e o crescimento da demanda, especialmente de pacientes vindos de outras unidades da Federação. Celina ressaltou que a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride) tem impactado a rede pública de saúde, com cerca de 40 mil partos por ano, sendo metade deles realizados por pacientes do Entorno.
Os despachos internos da equipe do Hmib relatam a extrema preocupação com a situação da UTI Neonatal, descrevendo a falta de profissionais como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas. A sobrecarga de trabalho tem comprometido a qualidade do atendimento, resultando em um aumento de casos de eventos adversos e infecções por germes multirresistentes.
A equipe da Unidade de Neonatologia solicitou ações urgentes, como o bloqueio de cinco leitos da UTI, para garantir a segurança assistencial dos recém-nascidos. Um profissional do Hmib, que preferiu não se identificar, relatou que a unidade é procurada por pacientes de fora da capital, aumentando ainda mais a demanda e provocando afastamentos por condições de trabalho precárias.
A Secretaria de Saúde do DF afirmou que o Hmib é referência no atendimento de partos de alto risco e que tem intensificado os esforços para recompor a força de trabalho. A pasta assegurou que a equipe do hospital está empenhada em manter a excelência no atendimento e conta com uma Comissão de Infecção Hospitalar ativa e qualificada para prevenir e controlar infecções.
A coluna questionou a Secretaria de Saúde sobre a quantidade de bebês infectados por germes multirresistentes nos últimos meses, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. A situação da UTI Neonatal do Hmib é delicada e requer atenção para garantir a segurança e a qualidade do atendimento aos recém-nascidos.