Diversos fatores contribuíram para essa desaceleração nos números das exportações. A baixa nos preços de commodities foi um dos principais responsáveis, afetando diretamente o valor das vendas. Apesar disso, alguns produtos, como café e celulose, apresentaram aumento nas vendas, ajudando a amenizar as perdas em outros setores. O volume total de mercadorias exportadas sofreu uma leve queda de 0,9%, reflexo da entressafra de vários produtos e da instabilidade da demanda por minério de ferro na China.
Por outro lado, as importações aumentaram consideravelmente, somando US$ 23,016 bilhões, um crescimento de 12,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, marcando um recorde histórico para o mês. Esse aumento se deveu principalmente às aquisições de motores, máquinas e insumos químicos, que tiveram um crescimento acentuado, especialmente em máquinas e motores, com uma elevação de 56,7% nas compras. Embora a quantidade de mercadorias importadas tenha crescido em 19,5%, os preços médios apresentaram uma diminuição de 6,1%, evidenciando a recuperação econômica e o aumento da demanda por produtos importados.
No segmento agropecuário, a baixa na quantidade exportada foi mais acentuada, com um declínio de 6,7%. No setor industrial de transformação, as exportações caíram 2,7%, apesar de uma leve alta nos preços. Essa tendência, segundo o ministério, é também influenciada pela crise econômica na Argentina, principal destino das exportações de bens industrializados brasileiros. Por fim, o aumento das exportações no setor extrativo, com um crescimento de 6,1% em volume, não foi suficiente para compensar a queda nos preços médios, que recuaram 18,3%.
O Ministério do Desenvolvimento prevê que o superávit da balança comercial brasileira para o ano de 2025 pode variar entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões, mantendo uma expectativa otimista apesar dos desafios enfrentados no cenário econômico atual. No ano anterior, 2024, o Brasil havia registrado um superávit de US$ 74,176 bilhões, refletindo um comportamento mais favorável na balança comercial. A análise cuidadosa desses dados é fundamental para compreender as dinâmicas da economia brasileira no contexto internacional e as suas implicações para o futuro.









