A votação no STF contou com o respaldo dos ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia, e o processo está previsto para ser concluído em um plenário virtual até o final da próxima semana. A acusação contra Zambelli remonta a um incidente ocorrido durante a véspera do segundo turno das eleições de 2022. Na ocasião, a deputada foi filmada apontando uma arma para um homem em meio a uma discussão e, posteriormente, perseguindo a vítima nas ruas do bairro dos Jardins, em São Paulo. O episódio chocou a opinião pública, especialmente por incluir o disparo acidental de um segurança da deputada.
Além do processo criminal, em janeiro de 2023, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo decidiu, em uma votação de 5 a 2, pela cassação do mandato de Zambelli. Essa decisão foi tomada no contexto de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral, movida pela deputada Sâmia Bomfim. O foco da ação era o uso abusivo de poder político e a disseminação de informações falsas sobre o sistema eleitoral durante as eleições.
A deputada Zambelli, por sua vez, contesta as acusações e critica o STF, alegando cerceamento do direito à defesa e destacando que considera as premissas utilizadas para a condenação como equivocadas. Apesar de sua insistência em recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral, a condenação pelo TRE-SP resultou em sua inelegibilidade por um período de oito anos, a partir das últimas eleições de 2022. Tal pena, que resultou do uso indevido de meios de comunicação e do abuso de poder político, agrava ainda mais a situação política e judicial da parlamentar. O desfecho deste caso permanece incerto, mas marca um episódio significativo na história da política brasileira contemporânea.