STF rejeita salvo-conduto a Bolsonaro em inquérito do golpe por unanimidade após advogado bolsonarista entrar com habeas corpus sem procuração.



O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade confirmar a decisão do ministro Kassio Nunes Marques que negou salvo-conduto ao ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito do golpe. A questão foi levantada por um advogado bolsonarista que não representava formalmente o ex-presidente, mas que entrou com um habeas corpus para evitar uma eventual prisão de Bolsonaro.

O processo foi encaminhado ao gabinete de Kassio Nunes Marques, o primeiro ministro indicado por Bolsonaro ao STF em 2020. Segundo o ministro, não havia evidências de constrangimento ilegal na investigação contra o ex-presidente e que Bolsonaro não demonstrou interesse ou ciência sobre a ação, o que indicava falta de consulta aos advogados que o representavam de fato.

O advogado que entrou com o habeas corpus, Djalma Lacerda, da cidade de Campinas (SP), tem feito uma série de pedidos ao STF em favor de Bolsonaro e seus aliados. Essas iniciativas, conhecidas como “extraoficiais”, foram levadas ao tribunal sem o conhecimento dos advogados oficiais do ex-presidente. Há também casos em que a defesa de Bolsonaro precisou intervir para que esses pedidos fossem desconsiderados.

O ministro André Mendonça, também indicado por Bolsonaro, se posicionou contra o salvo-conduto, sem apresentar voto escrito. O resultado da votação foi unânime, com exceção do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito do golpe, que se declarou impedido e não participou da decisão.

O processo foi submetido ao plenário virtual do STF, onde os ministros registram seus votos de forma assíncrona, sem debate em tempo real. A confirmação da decisão de Nunes Marques reforça a posição do STF em relação ao caso do ex-presidente Bolsonaro e ressalta a importância do devido processo legal e da representação adequada por parte dos advogados.

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