Aliados de Tarcísio afirmam que, apesar de sua dedicação a este projeto no Congresso, ele provavelmente optará por não fazer comentários sobre o julgamento. A cautela se justifica, principalmente devido à delicadeza da situação envolvendo o STF e as possíveis repercussões de suas declarações sobre as ações dos ministros durante o processo.
O governador estará em Brasília nesta terça, buscando diálogo com parlamentares sobre a PEC da Anistia. Ele deve se encontrar com o presidente da Câmara, Hugo Motta, um aliado político que tem enfrentado pressões para pautar a proposta. Motta, no entanto, já indicou que o clima atual no Legislativo não favorece uma aprovação ampla da anistia, o que pode dificultar os esforços de Tarcísio.
À medida que o julgamento do STF avança, a pressão sobre Tarcísio intensifica-se. O governador tem reafirmado sua crença na inocência de Bolsonaro, tecendo críticas sobre as fundamentações do processo. Com isso, posiciona-se cada vez mais como uma voz de apoio ao ex-presidente, vislumbrando a anistia não apenas como uma questão legal, mas como uma medida de “pacificação”, segundo suas palavras.
Além de suas articulações relacionadas ao julgamento e à anistia, Tarcísio também se prepara para leilões importantes de concessão, com o intuito de atrair investimentos para São Paulo. Entre os comentários sobre seu futuro político, ele segue afirmando que pretende se reeleger, embora o cenário o encoraje a considerar uma candidatura à presidência em 2026.
O ambiente se torna ainda mais tenso com a possibilidade de uma condenação para Bolsonaro, o que poderia obrigar Tarcísio a tomar uma posição mais definida em relação ao seu futuro político e alinhar-se com as demandas do seu eleitorado. A orientação de sua trajetória política, se pautada pela “paciência histórica” ou pela “ousadia”, tornará os próximos passos do governador fundamentais para sua carreira e para as perspectivas futuras do campo político bolsonarista.
Enquanto isso, stakeholders políticos observam atentamente a dinâmica entre Tarcísio, Bolsonaro e o STF, certos de que qualquer decisão pode desencadear mudanças significativas no cenário político brasileiro.