STF: Defesa de Bolsonaro aguarda julgamento para decidir sobre prisão domiciliar após tentativas de golpe; expectativa gira em torno do voto decisivo de Luiz Fux.

O advogado de Jair Bolsonaro, Paulo Amador Bueno, anunciou nesta quarta-feira que sua bancada legal aguardará a conclusão do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) para decidir se solicitará a prisão domiciliar do ex-presidente, caso a condenação se concretize. Este julgamento envolve uma alegação de tentativa de golpe de Estado que inclui Bolsonaro e seus aliados, um caso que tem gerado intenso debate e controvérsia.

Até o momento, o placar do julgamento aponta para uma tendência de condenação, com os ministros já votando 2 a 0 a favor. O próximo passo será o voto do ministro Luiz Fux, cuja posição é aguardada com grande expectativa, pois ele tem a possibilidade de formar uma maioria no colegiado. Notavelmente, Fux tem apresentado divergências em relação ao relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, o que acende a esperança na defesa de Bolsonaro. O magistrado ainda deve considerar o impacto das delações feitas por Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

O advogado Bueno criticou abertamente a colaboração premiada de Cid, chamando-o de “mentiroso” e argumentando que esse tipo de delação “não deveria existir”. A postura de Fux, em manifestações anteriores, sugere que ele também vê falhas nos depoimentos de Cid, tratando-os como “delações independentes” que carecem de coerência. Em contrapartida, Moraes defendeu que os dados apresentados por Cid formam um conjunto robusto de evidências que corroboram a acusação.

Outro membro da defesa, Celso Vilardi, expressou otimismo em relação ao voto de Fux, indicando que coexistem esperanças sobre uma possível mudança de rumo no caso. “Se eu não tivesse esperança, não estaria aqui”, declarou ao chegar ao STF, ressaltando a importância da sessão em curso. O resultado não só poderá consolidar uma maioria para a condenação de Bolsonaro e outros envolvidos, como também pode abrir espaço para discordâncias que alterem o rumo do julgamento, tornando este um momento decisivo na esfera judicial brasileira.

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