A iniciativa de Ferreira, que integra um movimento da oposição, visa apurar supostos descontos indevidos nas aposentadorias e pensões concedidas pelo INSS. Com base em jurisprudência do STF, que já havia determinado a instalação de CPIs em investigações sobre fraudes na pandemia de COVID-19, o deputado fundamentou sua ação como uma medida legítima dentro do processo legislativo.
Em seu despacho, Luiz Fux também convocou a Polícia Federal, a Controladoria Geral da União (CGU) e a própria autarquia do INSS a fornecerem informações sobre as investigações que estão em curso. A Advocacia-Geral da União (AGU) deverá emitir uma manifestação sobre o caso dentro de um prazo de 15 dias, aumentando assim a pressão sobre as instituições envolvidas.
Por outro lado, a oposição já obteve o número necessário de assinaturas para o estabelecimento da CPI na Câmara. No entanto, o governo tem buscado postergar a abertura da investigação na tentativa de consolidar sua base aliada. A decisão sobre o início dos trabalhos caberá ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que deverá avaliar a situação política antes de tomar uma decisão.
Em um contexto mais amplo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou que programará uma sessão do Congresso Nacional no dia 17 de junho para debater não apenas a CPI do INSS mas também outros assuntos de relevância nacional, destacando assim a crescente mobilização em torno desse tema.