De acordo com Moraes, a Rumble teria criado um “ambiente de total impunidade” dentro das redes sociais no país, tornando-se uma “terra sem lei”. A plataforma é acusada de não respeitar ordens judiciais anteriormente estabelecidas, o que culminou no bloqueio do canal do blogueiro Allan dos Santos, um caso emblemático que exemplifica as falhas da empresa em acatar diretrizes legais. O STF classificou tais atitudes como “conscientes e voluntárias”, gerando preocupações sobre a desobediência à lei.
Em decorrência dessa determinação, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já começou a notificar as operadoras de internet para que suspendam o acesso à Rumble. Este não é um episódio isolado; em 2023, a plataforma também enfrentou um momento semelhante, quando suas atividades foram interrompidas no Brasil devido à não remoção de conteúdos exigidos pela Justiça.
A Rumble, que se apregoa como defensora da “Internet livre”, já havia se envolvido em questões legais anteriormente, incluindo um processo contra Moraes nos Estados Unidos, onde se aliou ao grupo de comunicação do ex-presidente Donald Trump. O bloqueio no Brasil marca um capítulo significativo na relação entre as autoridades brasileiras e as plataformas de mídia social, suscitando debates sobre liberdade de expressão, regulação da internet e o papel das redes sociais na disseminação de informações.
Diante do cenário atual, o caso da Rumble exemplifica o desafio enfrentado por governos em equilibrar a liberdade de expressão e o controle sobre conteúdos que possam ser prejudiciais ou que não cumpram com a legislação vigente. O desdobramento desta questão continua a suscitar reflexões sobre a responsabilidade das plataformas digitais e a proteção do cidadão no ambiente virtual.