O juiz também destacou que o soldado pode responder por peculato, por utilizar seu cargo para benefício privado, e por prevaricação, devido à omissão de apreender a moto conduzida pela vítima. Em depoimento à Corregedoria da Polícia Militar, o soldado afirmou ter contatado um funcionário de uma seguradora para verificar se havia um veículo roubado na região onde atuava, o que levou à perseguição que culminou na trágica cena.
O incidente envolvendo a ponte, o baile funk e o suposto disparo de um tiro que feriu um homem, cuja autoria ainda não foi identificada, trouxe à tona a polêmica que cerca a atuação policial na região. Os policiais, que portavam câmeras corporais durante a ação, omitiram no relatório interno o fato de que o jovem foi jogado da ponte, gerando questionamentos sobre a conduta dos agentes.
A defesa do soldado contesta a prisão preventiva decretada, alegando que Luan Felipe se apresentou aos atos da investigação e cumpria expediente na Corregedoria, não representando risco de fuga. O advogado Wanderley Alves enfatiza a falta de um processo penal democrático e o possível viés de antecipação de culpa na detenção do seu cliente.
Enquanto o caso segue em investigação e o soldado permanece detido no presídio militar Romão Gomes, na zona norte paulistana, a sociedade paulistana se vê diante de um delicado episódio que levanta questionamentos sobre a conduta policial e a transparência nas ações das autoridades. A busca por respostas e a busca por justiça são, sem dúvida, imperativos diante de um incidente tão chocante.