Uma das principais mudanças trazidas por essas novas diretrizes é a recomendação para que o diagnóstico de hipertensão arterial não se baseie apenas em medições realizadas no consultório médico. Agora, a sociedade orienta que os pacientes também monitorem sua pressão em casa, utilizando aparelhos específicos, para que o médico possa realizar uma avaliação mais precisa da condição do paciente.
O cardiologista Audes Feitosa, coordenador-geral das novas diretrizes, ressaltou a importância desse novo método de avaliação, destacando que as medidas realizadas no consultório nem sempre refletem com precisão a pressão arterial do paciente, devido a fatores como estresse e ansiedade. Dessa forma, as medições domiciliares se mostram mais confiáveis e podem auxiliar no diagnóstico correto da hipertensão.
O documento também ressalta a importância de utilizar dispositivos que seguem as técnicas de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) ou de Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) para as medições em casa. Além disso, o especialista da SBC recomenda o uso de aparelhos que medem a pressão pelo braço, pois são considerados mais confiáveis do que os de punho.
A hipertensão arterial é uma condição de saúde séria e silenciosa, que pode levar a complicações graves como infarto, AVC e insuficiência renal. Por isso, é fundamental que o diagnóstico e tratamento sejam realizados de forma adequada e que a pressão seja monitorada regularmente, conforme as orientações das novas diretrizes da SBC.
Por fim, os números alarmantes relacionados à hipertensão reforçam a importância de ações preventivas e do acompanhamento adequado da saúde cardiovascular. As novas diretrizes da SBC representam um avanço significativo no cuidado e no tratamento da hipertensão arterial, visando melhorar a qualidade de vida dos pacientes e reduzir os riscos de complicações associadas à doença.