João Porfirio, executivo de segurança de uma importante companhia de energia, destaca a importância da manutenção periódica das instalações elétricas. Ele alerta para os riscos associados ao uso inadequado de tomadas múltiplas, como extensões e “benjamins”, que podem sobrecarregar a fiação, levar ao desgaste dos fios e, consequentemente, provocar curtos-circuitos, choques elétricos e incêndios.
Os números divulgados pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) são alarmantes. No primeiro semestre de 2024, as residências representaram cerca de 50% do total de incêndios registrados, sendo também o local com o maior número de mortes. Apenas nos primeiros seis meses de 2023, ocorreram 210 incêndios em residências, com 29 fatalidades, consoante com dados de 2024 onde foram registradas 213 ocorrências e 13 mortes. O cenário nos estabelecimentos comerciais, embora em menor escala, também gera preocupação.
Em 2023, problemas nas instalações elétricas internas foram identificados como a principal causa, com 246 ocorrências, seguido de 215 em 2024. João Porfirio ressalta que prestar atenção em fios, cabos e disjuntores é fundamental. Cheiros de queimado, fios ressecados ou rachados e disjuntores frequentemente desarmados são sinais de alerta. Em estabelecimentos comerciais, um aumento na demanda de energia é recomendado somente após um dimensionamento adequado com um profissional qualificado.
Por fim, o executivo enfatiza que a prevenção é a chave para evitar tragédias. Manter as instalações elétricas em ordem é cuidar não apenas do patrimônio, mas sobretudo da vida das pessoas. Em um contexto onde a tecnologia e o consumo de energia estão cada vez mais integrados ao cotidiano, a conscientização sobre práticas seguras é um pilar essencial para a segurança elétrica em todos os ambientes.