Situação de emergência em Minas Gerais devido à alta de casos de dengue e chikungunya preocupa autoridades de saúde.



O governo de Minas Gerais anunciou no último sábado, 27, a decretação de situação de emergência em saúde pública devido ao aumento significativo de casos de dengue e chikungunya no estado. De acordo com o decreto, foram confirmados 11.490 casos de dengue e 3.067 casos de chikungunya apenas nas três primeiras semanas de 2024. No entanto, os números podem ser ainda maiores, com um total de 21.573 casos prováveis de dengue e 5.867 de chikungunya registrados até a última sexta-feira, 26, de acordo com o painel de monitoramento da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

Minas Gerais é o terceiro estado brasileiro a decretar emergência devido às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em 2024, seguindo os passos do Acre e do Distrito Federal. O decreto, que terá duração de seis meses, permitirá que o governo mineiro tome medidas administrativas para combater a proliferação das doenças, como a aceleração de compras de insumos e materiais para o tratamento e prevenção, assim como a contratação de serviços para o controle de arboviroses, nome dado às doenças transmitidas por insetos.

Além disso, está prevista a instalação de um Centro de Operações de Emergências de Arboviroses, coordenado pela Secretaria de Saúde, para monitoramento e gestão da situação de emergência no estado. A maior parte das infecções em Minas Gerais é do tipo 1 da dengue, porém, foi detectado também o tipo 3, que não circulava de forma epidêmica no Brasil há 15 anos.

O Ministério da Saúde planeja iniciar um programa de vacinação contra a dengue, com a vacina Qdenga, aprovada recentemente para uso após ser desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda. Crianças de 10 a 14 anos serão priorizadas devido ao número limitado de doses. Segundo o Ministério da Saúde, as crianças dessa faixa etária serão vacinadas a partir de fevereiro em 521 municípios de 16 estados e no Distrito Federal.

A escolha de priorizar a vacinação nessa faixa etária se deve ao fato de que, entre as crianças, o grupo de 10 a 14 anos concentra o maior número de hospitalizações. Essas iniciativas visam conter o avanço das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e proteger a população, especialmente as crianças mais vulneráveis. O governo de Minas Gerais e o Ministério da Saúde esperam que essas medidas possam contribuir para a redução do número de casos e o controle das arboviroses no estado e em todo o país.

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