Desde a tomada de poder em agosto de 2021, o Talibã impôs severas restrições à vida das mulheres no Afeganistão, limitando seu acesso à educação, trabalho e liberdade de movimento. Tais ações resultaram em condenações globais e apelos para o fim dessas políticas opressivas. Mariani ressaltou que a história nos ensina que grupos que inicialmente parecem moderados podem rapidamente adotar regimes de repressão, tornando-se aliados de uma era de sofrimento e privação para seus cidadãos.
Nessa nova fase política, Sharaa, que se apresentou como uma figura moderada disposta a governar em prol da proteção de minorias, tem a difícil tarefa de reconquistar a confiança da comunidade internacional. Em um contexto em que a Síria está repleta de interesses geopolíticos exacerbados por suas significativas reservas de petróleo e gás, Mariani não demonstrou grande otimismo quanto à consolidação da soberania do país. Com a captura de Damasco em dezembro e a saída do ex-presidente Bashar Assad para a Rússia, o cenário permanece volátil, envolvendo tanto potências regionais quanto globais.
Neste ambiente conturbado, a resistência e a vigilância internacional serão cruciais para garantir que a Síria não siga o mesmo caminho do Afeganistão, onde a opressão e a falta de direitos básicos se tornaram uma norma. O futuro do país permanece incerto, com observadores e analistas recomendando uma atenção contínua ao desenrolar dos eventos na região.