Silas Malafaia foi identificado como um dos organizadores de um evento em apoio a Bolsonaro, realizado em 3 de agosto, onde o ex-presidente participou através de uma transmissão ao vivo. No dia seguinte, Bolsonaro viu sua prisão domiciliar ser decretada. O inquérito foi instaurado após membros do STF expressarem preocupação com a suposta inação do Itamaraty diante de ações que vinham do governo dos Estados Unidos, as quais seriam influenciadas por Eduardo Bolsonaro. A expectativa é de que o Ministério das Relações Exteriores tenha adotado uma postura mais firme diante dessas ações, o que não ocorreu.
Os crimes em investigação incluem desde coação no curso do processo até a tentativa de obstruir investigações sobre organização criminosa e até esforços para abolir, de maneira violenta, o Estado Democrático de Direito. A gravidade das acusações levanta questões sérias sobre a condução das políticas e possíveis tramas envolvendo figuras de destaque no cenário brasileiro.
Além disso, em julho, Jair Bolsonaro participou de um protesto pedindo a anistia para aqueles acusados de tentativas de golpe após as eleições de 2022, incluindo os que participaram dos ataques de 8 de janeiro. Durante esse evento, ele discursou em um carro de som, defendendo a aprovação de um projeto de lei que tramita no Congresso Nacional. Apesar de ter recebido alta recentemente de uma cirurgia, Bolsonaro não hesitou em comparecer ao ato, reforçando sua presença na política mesmo em condições de saúde delicadas.
O ambiente político brasileiro está em ebulição e a investigação da PF sobre Malafaia, aliados e a dinamicidade dos eventos que envolvem Jair Bolsonaro indicam que o país pode vivenciar desdobramentos significativos nas próximas semanas.
