Os casos foram identificados em moradores do Lago Norte e Riacho Fundo, com a confirmação da infecção chegando no início de outubro. Até o momento, a Secretaria de Saúde registrou 59 notificações de casos suspeitos, sendo que 40 foram descartados, 17 ainda estão em investigação e dois foram confirmados como febre maculosa.
No Brasil, duas espécies de riquétsias estão associadas aos quadros clínicos da febre maculosa. A Rickettsia rickettsii, responsável pela Febre Maculosa Brasileira, é considerada mais grave e predominante na Região Sudeste. Já a Rickettsia parkeri produz quadros clínicos menos graves e tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica em diversos estados.
O subsecretário de Vigilância, Fabiano dos Anjos, ressaltou que, apesar dos casos confirmados como febre maculosa, ainda não há confirmação de que a bactéria seja a mesma que causa a forma mais grave da doença, que foi responsável por mais de 15 mortes em Campinas em 2023. Fabiano orienta a população a não se alarmar, mas a buscar assistência médica em caso de sintomas como febre, dor no corpo e vômito após contato com carrapatos.
Os sintomas da febre maculosa incluem dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, diarreia, dor muscular constante, inchaço nas mãos e pés, gangrena nos dedos e orelhas, além de paralisia dos membros. A população deve manter cuidados permanentes com carrapatos, especialmente durante a estação seca, período em que a abundância desses animais no ambiente é maior.
Em caso de ocorrência de carrapatos, a vigilância ambiental pode ser acionada para realizar inspeções e indicar medidas de prevenção e controle. A pasta de Saúde do DF disponibiliza o telefone 3449-4428 para solicitação de inspeções, além do canal de ouvidoria 160 para informações sobre prevenção da febre maculosa.