Os servidores do BC têm diminuído o ritmo de trabalho nos últimos meses, o que tem causado atrasos nas divulgações de dados estatísticos da entidade. Alegam também que a operação padrão atrasará a entrega de atualizações e novas funcionalidades em temas importantes para a instituição, como no caso do Pix. Porta-vozes do BC têm defendido os servidores publicamente, e até mesmo o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, e membros da diretoria colegiada manifestaram apoio à pauta dos trabalhadores.
O Sinal informou que o corpo funcional do Banco Central cruzará os braços por 24 horas, com a expectativa de provocar um forte apagão em todos os serviços da instituição, com repercussões para o atendimento ao mercado e ao público. Além disso, a categoria prometeu iniciar o processo de lista de entrega de funções comissionadas, onde os servidores detentores dessas funções vão assinar uma lista se comprometendo a entregar suas comissões, caso as negociações com o governo não avancem.
As principais reivindicações dos servidores do BC incluem a criação de uma Retribuição por Produtividade Institucional, reajuste nas tabelas remuneratórias, exigência de nível superior para o cargo de Técnico e mudança do nome do cargo de Analista para Auditor. O Sinal destacou a importância do Banco Central para a estabilidade econômica do país e a responsabilidade do governo em considerar equitativamente todas as carreiras estratégicas.
Diante do impasse, o presidente do Sinal, Fábio Faiad, destacou a disposição dos servidores em defender seus direitos e a urgência de uma resposta do governo para corrigir as disparidades. Ele ressaltou que o Banco Central merece ser respeitado e que não faz sentido atender apenas à Receita Federal e à Polícia Federal. A categoria visa a pressionar o governo para atender suas demandas. A greve promete ser um marco na luta dos servidores do Banco Central e pode impactar a instituição e o mercado financeiro significativamente.