A indignação dos funcionários surge em meio à proposta de “reajuste” zero para a base em 2025, considerada humilhante. A União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis) criticou a proposta, que prevê apenas 9,5% de reajuste em 2025 e 5% em 2026 para o topo da carreira, a pior dentre as propostas apresentadas para níveis semelhantes. Até o momento, o MGI não se pronunciou sobre o assunto.
Diante desse cenário, os servidores alertam para a possibilidade de uma Operação Padrão nas próximas semanas, o que poderá comprometer a segurança e o atendimento em diversas áreas de atuação da agência. Os funcionários também destacam a importância de repensar a medida para evitar o sucateamento dos serviços prestados pela Abin, especialmente em um momento crucial para o país, que se prepara para eleições municipais, concurso nacional unificado, reunião do G-20, desintrusões de terras indígenas, entre outros eventos de interesse nacional e internacional.
Em nota, a União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis) expressou sua preocupação com a situação, classificando a tarde em que a proposta de reajuste foi apresentada como desastrosa. Os servidores se sentem desamparados pelo governo, que parece ignorar os problemas enfrentados pela categoria e demonstra falta de sensibilidade em relação às demandas dos profissionais de inteligência.
A união dos profissionais espera que ainda seja possível reverter o dano que a falta de valorização da agência de inteligência pode causar ao país. Enquanto isso, a granada simbólica permanece no bolso, aguardando para ser detonada caso não haja uma resposta satisfatória por parte do governo. A incerteza paira sobre o futuro da Abin e a qualidade dos serviços de inteligência prestados à população brasileira.