Sérvia não imporá sanções à Rússia enquanto Vucic for presidente, reafirma compromisso com aliados e critica ações ocidentais em discurso recente.

Em um discurso recente, o presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, reafirmou seu compromisso de não impor sanções contra a Rússia enquanto permanecer no cargo. Esta declaração ocorre em um contexto internacional complexo, onde as relações entre o Ocidente e Moscou continuam tencionadas, especialmente após a invasão da Ucrânia em 2022. Vucic criticou abertamente as demandas do Ocidente, que, segundo ele, busca levar a Sérvia a um passado de submissão, quando decisões sobre o país eram tomadas por outros.

O presidente sérvio classificou as pressões do Ocidente como um retrocesso histórico, relembrando um período em que o país se viu à mercê de influências externas. Vucic argumentou que essas ações visam impedir que a Sérvia mantenha sua independência e soberania na tomada de decisões internacionais, especialmente no que se refere a parceiros estratégicos como a Rússia.

Durante sua fala, Vucic foi enfático ao afirmar que “enquanto for o presidente da Sérvia, não vou impor sanções nem à Federação da Rússia, nem aos nossos outros amigos”. Essa postura parece alinhar-se com uma longa tradição de laços históricos e culturais entre a Sérvia e a Rússia, que se reforçam em tempos de crise.

Recentemente, o governo dos Estados Unidos, sob a administração de Joe Biden, pressionou Belgrado a considerar sanções contra a Naftna Industriya Srbije, uma importante empresa de energia com significativa participação da Gazprom, gigante estatal russa. No entanto, apesar dessas pressões, o líder sérvio antecipou que não seguiria na direção das sanções, mesmo com os apelos de Washington.

Ademais, a Sérvia iniciou diálogos com ambas as potências, Estados Unidos e Rússia, para tratar das sanções que se esperam sobre empresas com vínculos russos, indicativo de uma tentativa de equilibrar suas relações. O cenário atual revela a complexidade das relações internacionais em que a Sérvia busca afirmar sua posição independente, enquanto lida com as tensões geopolíticas em expansão na Europa.

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