A questão levantou debates sobre a postura do Senador Moro em relação ao novo ministro do STF. A imagem do abraço entre os senadores logo repercutiu nas redes sociais, gerando críticas a Moro, que é oposição ao governo. O fato ganhou importância devido à votação acirrada na CCJ, que aprovou o nome de Dino pelo placar de 17 a 10, e pelo aval do plenário do Senado, por 47 votos a 31. A atitude de Moro acabou sendo associada a uma possível mudança de posicionamento político.
Em meio à controvérsia, as mensagens de Moro com seu suplente, o advogado Luis Felipe Cunha, também foram reveladas, mostrando que o ex-juiz foi procurado pelo ex-procurador Deltan Dalagnol, que coordenou a operação Lava-Jato. A situação demonstrou a tensão nos bastidores do Senado em relação à indicação de Flávio Dino para o STF.
Durante a sabatina, o senador negou que o abraço em Dino significasse um voto favorável, afirmando que era apenas um gesto de cordialidade. Moro ressaltou que sempre deixou claro suas diferenças com o governo atual, do qual Dino faz parte, e afirmou que o gesto de cumprimentar o novo ministro não deveria ser interpretado como uma sinalização de seu voto.
Apesar da controvérsia, a votação de Dino para o STF foi considerada um raro retorno da política para o Judiciário. Governistas destacaram que a quantidade de votos favoráveis foi superior ao esperado, o que pode indicar mudanças no cenário político atual. No entanto, a polêmica envolvendo o abraço de Moro em Dino durante a sabatina segue repercutindo e gerando debates sobre a postura dos senadores e a relação entre o Judiciário e os demais poderes.
