Sergio Moro Propõe Agências Municipais Anticorrupção e Critica Atuação do Governo Federal



Em um pronunciamento realizado na última terça-feira (13), o senador Sergio Moro (União-PR) apresentou uma proposta que visa fortalecer a prevenção e o combate à corrupção nos municípios do Paraná. Moro sugeriu a criação de agências municipais anticorrupção, destacando que essa medida pode ser um ponto de partida para reestruturar os mecanismos existentes de combate ao crime no Brasil, começando pelos níveis locais de governo.

Conforme explicado pelo senador, essas novas agências seriam uma evolução das controladorias municipais já existentes. Atualmente, essas controladorias têm um papel fundamentalmente formal e burocrático. Moro propõe que elas sejam transformadas em instituições mais robustas, com poderes ampliados e maior autonomia. Ele sugere um modelo inspirado no Banco Central, onde diretores ou presidentes seriam nomeados pelo prefeito e teriam mandatos fixos para garantir estabilidade e independência nas suas ações.

“Vamos dar o primeiro passo, de baixo para cima, para reconstruir a prevenção e o combate à corrupção no Brasil, que foram abandonados ou destruídos por este governo federal, pelo governo Lula. É uma maneira de, nas cidades, nos municípios, apresentarmos um contraponto a esse desgoverno, a esse descontrole, a essa ‘desgovernança’ do governo federal”, afirmou o senador.

Moro não poupou críticas ao governo federal, acusando-o de não manter uma política eficaz de combate à corrupção e de enfraquecer os mecanismos já estabelecidos. Como exemplo, ele citou a tentativa recente do Executivo de enfraquecer a Lei das Estatais (Lei 13.303, de 2016), que foi aprovada após a Operação Lava Jato para melhorar a governança nas empresas estatais. Segundo o senador, o governo estaria por trás de uma ação direta de inconstitucionalidade ou de uma arguição de descumprimento de preceito fundamental contra essa lei. Embora o Supremo Tribunal Federal (STF) tenha concedido uma liminar suspendendo a lei, permitindo nomeações fora dos critérios estabelecidos, posteriormente o STF decidiu revogar a liminar. No entanto, as nomeações realizadas durante o período de suspensão foram mantidas.

“O exemplo mais clássico de um governo atuando contra o sistema de prevenção à corrupção e piorando a governança das estatais é que as estatais voltaram a apresentar prejuízo”, alertou Moro.

Com essa proposta de criação das agências municipais anticorrupção, Sergio Moro espera iniciar um movimento de renovação nas práticas de combate à corrupção, começando pelos municípios. Esse enfoque municipal poderia servir como um laboratório para iniciativas maiores, alinhando-se com a necessidade de fortalecer instituições locais enquanto evidencia uma postura crítica em relação à atuação do governo federal no combate a esse tipo de crime.

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