O senador Renan Calheiros (MDB), que deverá ser o relator da CPI, havia convocado a instalação para hoje, mas Otto Alencar, que entrou como membro do Colegiado, automaticamente se tornou o integrante mais velho. Segundo as regras regimentais, a condução dos trabalhos de instalação de uma CPI pertence ao parlamentar mais velho presente.
Para que a comissão seja instalada, é necessário ter, no mínimo, sete parlamentares presentes. No entanto, de acordo com Alencar, ele não recebeu a visita de “nenhum senador” para abrir a sessão. Assim, ele alegou que não teria tempo suficiente na tarde desta terça-feira para instalar a CPI, e informou que a reunião de abertura do Colegiado acontecerá na manhã de quarta-feira.
Até o início desta tarde, a CPI da Braskem era tida como uma incerteza nos corredores do Senado devido à resistência do governo à instalação da comissão. Uma reunião realizada nesta terça-feira no Palácio do Planalto reuniu os principais atores políticos interessados na investigação, incluindo o presidente da Câmara, o senador Renan Calheiros, o ministro dos Transportes, o governador de Alagoas e o prefeito de Maceió. Entretanto, o senador Otto Alencar reafirmou que a instalação da comissão parlamentar é “irreversível” e que não passará de quarta-feira.
Com a instalação da CPI, espera-se que as investigações sobre as responsabilidades pelo afundamento das minas de sal-gema da Braskem em Maceió prossigam de forma transparente e efetiva, visando esclarecer os fatos e buscar justiça para as comunidades afetadas por esse desastre.