Segundo o senador, as prisões ocorridas nos dias 8 e 9 de janeiro foram feitas nos moldes nazistas. Ele comparou a situação com o regime nazista, onde pessoas eram direcionadas para estações de trem com a falsa promessa de fuga, mas acabavam morrendo em câmaras de gás. Flávio Bolsonaro ainda ressaltou que as prisões no Brasil foram muito parecidas com esse processo.
Essa declaração ocorreu durante a oitiva do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Jair Bolsonaro, Augusto Heleno, na CPI mista do 8 de janeiro. O ex-ministro foi convocado para prestar esclarecimentos sobre os acontecimentos ocorridos naquele dia, quando invasores atacaram os prédios dos três Poderes em Brasília.
Durante mais de oito horas de depoimento, Augusto Heleno respondeu a alguns questionamentos dos parlamentares, mesmo tendo recebido autorização para permanecer em silêncio. A relatora da CPI, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), fez perguntas incisivas ao ex-ministro, que acabou reclamando e usando palavrões em sua resposta.
Um dos momentos mais tensos da oitiva foi quando Augusto Heleno foi questionado sobre uma suposta reunião entre Jair Bolsonaro e o hacker Walter Delgatti Neto, onde teria sido discutida uma tentativa de invasão ao sistema eleitoral. O ex-ministro se manteve em silêncio ao responder essa pergunta.
Além disso, durante a sessão, o ex-GSI negou a participação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, em reuniões com os comandantes das Forças Armadas. No entanto, a senadora Eliziane Gama apresentou uma foto oficial da Presidência que mostrava Cid ao lado de Augusto Heleno, desmentindo sua afirmação.
A oitiva de Augusto Heleno na CPI mista do 8 de janeiro foi marcada por momentos de tensão e declarações polêmicas. A comparação feita pelo senador Flávio Bolsonaro entre as prisões dos invasores em janeiro e o Holocausto gerou indignação e críticas por parte de diversos setores da sociedade. Agora cabe à CPI continuar seu trabalho de investigação e análise dos acontecimentos ocorridos naquele dia.