Com 389 cursos de medicina no Brasil, o senador ressaltou que o país está logo abaixo da Índia em termos de quantidade de cursos na área. No entanto, o problema está na qualidade dos médicos formados por essas instituições. Pontes mencionou que tanto o Conselho Federal de Medicina quanto a Associação Paulista de Medicina têm levantado preocupações em relação à qualidade desses profissionais.
Outro ponto abordado pelo senador foi a desigualdade na distribuição de médicos pelo território nacional. Enquanto cidades como Vitória têm alta densidade de médicos, outras como Macapá possuem um número significativamente menor. Pontes propôs a criação de uma carreira estruturada para os profissionais, visando melhorar essa distribuição desigual.
Além disso, Pontes chamou atenção para o Decreto 11.999, de 2024, que modifica a composição do Conselho de Residência Médica, aumentando a participação do governo em detrimento das entidades médicas. O senador destacou a importância de ter médicos atuando nesse conselho, uma vez que são os profissionais mais adequados para lidar com questões relacionadas à residência médica.
Pontes alertou também para a falta de estrutura em muitas escolas de medicina, que não possuem hospitais para realizar as aulas práticas. Segundo ele, é fundamental que os futuros profissionais da saúde tenham acesso a um ambiente adequado para o aprendizado, e não apenas teoria. Afinal, como alguém pode aprender medicina sem ter contato direto com pacientes e situações reais?
Diante dessas preocupações levantadas pelo senador Astronauta Marcos Pontes, é importante que medidas sejam tomadas para garantir a formação de profissionais de saúde qualificados e uma distribuição equitativa desses profissionais pelo país. Apesar dos desafios apontados, Pontes demonstrou comprometimento com a melhoria da saúde no Brasil e com a formação de médicos capacitados para atender às necessidades da população.