De acordo com Zenaide, as medidas de contenção propostas não apenas desacelerariam o crescimento econômico, mas também teriam um efeito devastador sobre áreas essenciais como saúde, assistência social e segurança pública. Ela destacou que, para o ano de 2025, 32,6% das despesas primárias autorizadas para essas áreas são discricionárias, sendo suscetíveis a cortes. A senadora alertou que a redução de investimentos em saúde, por exemplo, pode levar a mortes evitáveis. “Vai morrer muita gente neste país de morte evitável, porque faltam recursos no SUS”, afirmou, enfatizando a grave situação que muitos enfrentam ao buscar atendimento médico, com consultas a custos irrisórios no sistema público.
Além de apontar as falhas na proposta de redução de gastos, a senadora Zenaide argumentou que a verdadeira responsabilidade fiscal deve incluir a cobrança do IOF, que, segundo ela, afetaria diretamente os bancos. Ela criticou as instituições financeiras, afirmando que suas elevadas taxas de lucro não se traduzem em um benefício real para a sociedade. “São lucros de bancos que não constroem, não educam nem edificam”, disse Zenaide, mencionando a extorsão praticada através das altas taxas de juros.
Em 22 de maio, o governo publicou o Decreto 12.466, visando aumentar o IOF e, com isso, incrementar as receitas em R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026. Contudo, essa medida não é unânime e já enfrenta resistência, sendo objeto de discussões pelos líderes no Congresso Nacional que buscam apresentar alternativas ao plano originalmente traçado. A proposta de aumento do IOF e a crítica à política de cortes nos gastos, portanto, continuam em evidência nas discussões políticas atuais.