SENADO FEDERAL – Suspensão das atividades da Voepass pela Anac não é punição pelo acidente, afirma diretor-presidente durante audiência no Senado.

O diretor-presidente substituto da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Roberto José Silveira Honorato, esclareceu durante uma audiência pública promovida pela Comissão de Infraestrutura (CI) nesta terça-feira (18) que a suspensão das atividades da empresa Voepass não está relacionada ao acidente ocorrido em agosto de 2024. Segundo Roberto, a decisão de suspender as atividades da empresa a partir de março deste ano foi tomada devido à constatação de que a Voepass perdeu as condições necessárias para atender às exigências da Anac a partir de outubro.

Durante a audiência, o diretor da Anac explicou que a agência passou a monitorar de perto a companhia após o acidente e que, embora a Voepass tenha corrigido os erros identificados na primeira etapa desse monitoramento, não foi capaz de manter o padrão nas etapas seguintes. Roberto destacou a importância da gestão de segurança das companhias aéreas e ressaltou que a Anac não pode estar presente no dia a dia das empresas, sendo fundamental que estas identifiquem e corrijam os riscos de forma autônoma.

Durante a audiência, o senador Sergio Moro levantou questionamentos sobre denúncias feitas por funcionários da Voepass em relação às condições precárias das aeronaves da empresa. O superintendente de Padrões Operacionais da Anac, Bruno Diniz Del Bel, afirmou que a agência recebeu informações sobre problemas na companhia antes do acidente, mas que estes foram corrigidos.

Já os senadores Jayme Campos e Astronauta Marcos Pontes destacaram a importância de uma investigação minuciosa do acidente, ressaltando que o objetivo não é buscar culpados, mas sim identificar os fatores que contribuíram para o incidente. Roberto reiterou que a Anac está investigando as possíveis causas do acidente de agosto de 2024 e que esse processo pode levar cerca de um ano para ser concluído.

Em meio às discussões sobre a suspensão das atividades da Voepass, a questão da segurança no setor aéreo e a importância da regulação foram temas centrais na audiência, que buscou esclarecer os motivos por trás da decisão da Anac. A empresa, que opera atualmente com seis aeronaves em 15 localidades, terá que cumprir as exigências da agência para que a suspensão de suas atividades seja revogada.

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