Um dos principais pontos destacados na nota é o tratamento dado pelo STF às chamadas transferências especiais, conhecidas como emendas Pix. De acordo com a Conorf, as condições de validade e execução desses recursos foram significativamente impactadas pelas decisões do Tribunal. As novas regras determinam que os recursos só podem ser liberados pelo Executivo após a comprovação da aplicação mínima do recurso pelos beneficiários através do sistema eletrônico de execução de transferências. Além disso, é exigida a abertura de uma conta corrente bancária específica para cada transferência especial, proibindo depósitos em contas que acumulem outros valores.
A nota também aborda as regras relativas às emendas impositivas, que são consideradas de execução obrigatória pela Constituição. Segundo a Conorf, as decisões do STF não admitem exceções que favoreçam ou diferenciem o tratamento dado às emendas em relação a outras despesas da União. Isso levanta questionamentos sobre o que realmente significa a execução obrigatória dessas emendas e qual a diferença em relação a outras parcelas do orçamento.
Outro ponto de destaque nas decisões do STF são as regras específicas para despesas na área da saúde. A Conorf ressalta a exigência de um plano de trabalho rigoroso, que deve envolver os agentes decisórios do SUS, além do repassador federal. A transparência e rastreabilidade também são princípios fundamentais nas decisões do STF, que impõem o registro e divulgação de todo o processo de despesa, desde a tomada de decisão até a aplicação efetiva dos recursos.
Além disso, as decisões do STF determinam uma “absoluta vinculação federativa”, invalidando qualquer emenda destinada a um estado diferente daquele pelo qual o parlamentar foi eleito, a menos que se trate de um projeto de âmbito nacional. Essas decisões têm impacto direto na forma como as emendas parlamentares são elaboradas e executadas, trazendo maior transparência e controle sobre o uso dos recursos públicos.
Em resumo, as recentes decisões do STF sobre o pagamento das emendas parlamentares têm impacto significativo na forma como o orçamento é elaborado e executado, trazendo novas exigências e regras que buscam garantir maior transparência e eficiência na gestão dos recursos públicos.