SENADO FEDERAL – Situação de saneamento básico no Pará é “desumana”, afirma senador a 230 dias da COP 30 em Belém.

Faltando cerca de 230 dias para o início da tão aguardada Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), o cenário do saneamento básico no Pará é descrito como “desumano” pelo senador Zequinha Marinho, representante do estado pelo partido Podemos. De acordo com dados do Instituto Trata Brasil, quase 98% dos lares paraenses não possuem acesso a redes de esgoto tratado, evidenciando uma situação preocupante que precisa ser urgentemente enfrentada.

Em uma declaração contundente, Zequinha ressaltou que Belém, a capital do Pará, figura entre as cidades brasileiras com pior infraestrutura sanitária, atribuindo a responsabilidade à falta de investimentos adequados no setor. Segundo o senador, a baixa destinação de recursos para iniciativas de saneamento resultou em uma situação crítica não apenas na capital, mas também em diversas cidades do interior do estado.

O parlamentar destacou que a questão do saneamento básico no Pará é tão grave quanto a proteção ambiental, alertando para o impacto negativo da falta de tratamento de esgoto no meio ambiente. Ele enfatizou que o Brasil despeja diariamente uma quantidade alarmante de esgoto não tratado, o que contribui para processos como a eutrofização e a morte de espécies aquáticas, prejudicando a biodiversidade marinha.

Além disso, Zequinha apontou para dados alarmantes relacionados à saúde pública no estado, revelando que o Pará registra um número elevado de internações por doenças decorrentes da falta de saneamento, superando a média nacional. O senador enfatizou que a realidade desumana atinge principalmente os bairros periféricos de Belém, onde a ausência de infraestrutura sanitária contrasta com os investimentos destinados às obras para a COP 30.

No contexto de preparação para a conferência climática, o senador questionou a utilização de bilhões de reais em recursos públicos para o evento, sugerindo que esse montante seria mais proveitosamente aplicado em melhorias no saneamento básico. Ele criticou a falta de avanço na universalização do serviço, mesmo após a aprovação do marco legal do saneamento, ressaltando a importância de ações concretas para combater a crise enfrentada no Pará e em todo o país.

Diante desse quadro preocupante, Zequinha Marinho alerta para a necessidade de se priorizar o saneamento básico como uma questão de urgência, para garantir não apenas a saúde e o bem-estar da população, mas também a preservação do meio ambiente e da biodiversidade marinha. Sem dúvida, é um desafio que requer uma resposta imediata e eficaz por parte das autoridades competentes.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo