Durante seu discurso, Moro enfatizou a importância do debate livre em temas de interesse público, mesmo quando este se torna intenso e desconfortável para figuras de autoridade. “O debate sobre assuntos públicos pode ser veemente, pode ser desagradável, sim, às autoridades constituídas, mas o debate deve ser livre e sem restrições. A liberdade de expressão é um pilar fundamental para o funcionamento adequado da democracia”, assegurou o senador.
A origem da controvérsia envolvendo o delegado remonta a um ato político durante o segundo turno das eleições de 2022. Neste evento, KIQ fez uma encenação em que apresentou um indivíduo fantasiado de presidiário, fazendo uma alusão ao então candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Essa encenação incluía referências que o rotulavam de “ladrão”, levando o Ministério Público do Paraná a apresentar uma denúncia contra o ex-prefeito.
Moro, que atuou como testemunha de defesa no caso, justificou a posição do delegado, argumentando que suas declarações estavam inseridas no contexto eleitoral e fundamentadas em condenações anteriores do presidente Lula que foram posteriormente anuladas pelo Supremo Tribunal Federal. Para o senador, a crítica realizada por KIQ, apesar de polêmica, estava resguardada pelo direito à livre opinião. Ele reitera a necessidade de vigilância constante para evitar que o sistema judicial seja utilizado como instrumento de intimidação política.
“Jamais se deve utilizar o mecanismo da Justiça para cercear o debate público”, concluiu Moro, sublinhando a relevância do respeitável espaço de discussão que deve existir em uma sociedade democrática. Essa declaração ressoa em um contexto onde a liberdade de expressão enfrenta desafios e desafios, ressaltando a importância de proteger o direito de manifestar opiniões, especialmente nas arenas públicas e políticas.